segunda-feira, 26 de julho de 2010

YESTERDAY


Mais uma noite começa, ao som de YESTERDAY (The Beatles), fico analisando meus pensamentos e imaginando coisas que jamais imaginei imaginar.
Como é possível, que há menos de um ano eu traçava de maneira diferente meu futuro?! Pensava coisas que eu não penso mais, penso em coisas que eu não pensava antes. Mudamos de maneira rápida e de forma inesperada.
O que nos ajuda a crescer. A ser o que somos. E aprender principalmente que estamos sempre mudando.
Tomamos decisões e temos atitudes diferentes, todos os dias! E é claro, eles são também.
Eu lembro que há um ano atrás, eu imaginei que casaria com o meu namorado, teria filhos, moraria na Alemanha e voltaria ao Brasil nas férias. Trabalharia com fotografia, esperaria ansiosa que ele voltasse do trabalho. Pensei em que nome meus dois filhos teriam e que profissão seguiriam. Imaginei que teríamos um cachorro e que a Xuca iria conosco. Imaginei ter também uma doberman com nome de Joaninha. E que sua casinha seria pintada como tal, assim como suas roupas.
Agora tudo é tão longe. Isso está tão longe que não parece um pensamento meu. E há um ano atrás era uma convicção. Era uma certeza. Parecia logo ali. Parecia tocável até.
E não. Era um pensamento. Não era real.
Mas era bom, imaginar tudo isso. Eu me sentia segura olhando pra frente. O que eu não sabia era que o presente não era tão seguro quanto meus belos dias futuros, esses sempre serão. O problema do cacete é quando eles chegam, porque eles sempre chegam e sempre são diferentes do que planejamos.
Claro, isso não cabe a formatura e essas diplomacias todas. E sim a vida, a vida que sonhamos e queremos e imaginamos e blá blá blá.
Mas o pior, é a velha historia da FERRARI. Não literalmente.
Era uma vez um homem, o sonho dele era ter uma FERRARI, ele trabalhou a vida inteira para realizar seu sonho. Realizou. O homem exibia seu troféu com orgulho, olhava aquilo que era sonho, na sua garagem com um brilho nos olhos, o tempo passou e continuou passando, até que o homem via sua FERRARI apenas como um meio de transporte. É isso que as pessoas fazem. Quem dera, quem dera, se a empolgação do inicio fosse eterna. Por outro lado, isso nos tornaria acomodados.
Eu não tenho uma opinião formada sobre isso ainda. Sei que não entendo. Sei que é assim que é. Mas não sei se eu quero que seja diferente.

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